Sobre a polêmica envolvendo a construção de um hotel com dois andares de subsolo para garagens, a historiadora Marília Daros lembra que a avenida das Hortênsias e a rua São Pedro, bem como a Borges de Medeiros, sofreram aterros durante o povoamento, especialmente entre 1913 e 1930. "Os terrenos baixos da São Pedro, entre o prédio das Damas de Caridade e a Igreja Universal, são naturais, mas o restante foi elevado para a urbanização", comenta Marília. Ela lembra que a Borges também foi aterrada, o mesmo acontecendo com a João Petry, entre a São Pedro e a Garibaldi.
Outra área que recebeu aterro foi a parte alta da Borges - onde hoje está o shopping do Moinho. Ali, a obra foi fundamental para que os trilhos do trem pudessem ser colocados. "Vale lembrar que algumas nobres vertentes foram aterradas já nas décadas de 20 e 30 no centro, e que continuam vertendo água sem que saibamos por onde está passando". "Veja quanto cuidado precisa haver para que não ocorram problemas no futuro com esta arquitetura invasiva", adverte Marília..