0,1% de benefício não pode justificar saída de empresa

Só agora li matéria publicada pelo Jornal de Gramado no dia 10 de janeiro, cujo título é "Dauper deixará Gramado no fim do ano". A reportagem foi feita a partir de um desabafo de uma representante da empresa, durante a entrega de premiação aos maiores contribuintes de impostos, ocorrida em dezembro. "Não estamos acostumados a ver o nome da Dauper em destaques de manchetes negativas, quanto mais em questões que não nos dizem respeito", afirmou Andreia Swaizer. Ela se referia a uma ação civil pública por ato de improbidade administrativa, ajuizada pelo Ministério Público, contra o ex-prefeito Pedro Bertolucci e uma de suas empresas, que aluga um prédio para a Dauper, com aluguel que vinha sendo pago pelo município. Com o acolhimento da ação pela juíza Aline Rissato, o valor deixou de ser pago pela Prefeitura de Gramado.
O que chama a atenção, no entanto, é que o benefício oficial seria de R$ 4 mil por mês, ou R$ 48 mil/ano. Enquanto isso, a Dauper, na mesma matéria, projeta para 2014 um faturamento de R$ 48 milhões. Ou seja, o benefício representa apenas 0,1%, o que está longe de explicar a saída da empresa do município.