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domingo, 3 de julho de 2011

Histórias de quem só queria uma carona nos anos 80

Se é verdade que o sistema de transporte coletivo de Gramado não sabe o que é licitação, por outro lado é bem verdade que, no início dos anos 1980, a locomoção de quem não possuía um carro era bem difícil. Uma das histórias que mostra a criatividade que alguns tinham na época é bem conhecida dos corretores de imóveis mais antigos. Quando a Rifa (sigla de Rissi e Famastil) lançou o loteamento Vila do Sol, na Várzea Grande, muitos "interessados" pediam informações na imobiliária e seguiam para ver o terreno no carro do corretor. E ali ficavam, prometendo que iriam avaliar a compra e nunca mais mandavam notícias. Mas em termos de sacanagem, ninguém ganha de um artista que foi até a funerária dizendo que a sua mãe tinha morrido na Linha Marcondes. O veículo da funerária foi até lá com o caixão e o filho, confortavelmente, instalado na frente. Lá chegando, à noite, o rapaz disse que ia até a casa da mãe que ficava no meio do mato, sem acesso aos carros. E na escuridão da noite desapareceu, escafedeu-se, sem ao menos agradecer a carona recebida.