O colunista já viu muito negócio fechar as portas em Gramado por não suportar o pagamento do custo de aluguel. Uma história (real) que ilustra bem essa realidade é a de uma proprietária de casa de lanches no centro que, apertada, procurou um amigo bem de vida para pedir emprestado uma determinada quantia. Detalhista, o amigo perguntou quanto ela pagava de aluguel. "R$ 8 mil", disse ela. Sem rodeios, o amigo respondeu: "Então não vou emprestar, porque tu nunca conseguirás me pagar". Dito e feito; um mês depois, a casa fechou as portas.
A grande verdade é que muitas pessoas que vêm de outras cidades para se instalar em Gramado chegam aqui em finais de semana ou feriadões, quando o movimento é intenso. Compram pousadas, instalam restaurantes e lojas com as economias amealhadas ao longo de uma vida. Quando se deparam com as segundas, terças e quartas-feiras desertas, de frio e cerração, até a conta da luz começa a ficar cara.