Quando o município rico deixa de realizar um festival

A revista Veja publicou, na semana passada, mais detalhes sobre a repentina decisão do município de Paulínia (SP) em suspender as atividades de seu polo de cinema e cancelar o Festival do Cinema, que em apenas quatro edições estava se transformando em um dos maiores do Brasil, com orçamento previsto de R$ 8,8 milhões, tudo com aporte da Prefeitura Municipal. O orçamento da Secretaria de Cultura foi de 48 milhões.
Instalado com um valor estimado entre R$ 100 e 150 milhões, o polo de cinema de Paulínia conta com cinco estúdios, equipamentos de animação de última geração e uma escola em que 400 alunos tinham aulas gratuitas de roteiro, produção, câmera, interpretação e iluminação. O programa de incentivos da Prefeitura contemplava de oito a dez filmes por ano, selecionandos por meio de edital. Cada um recebia entre R$ 700 mil e R$ 1,4 milhão.