O que acontece com a concepção do Loteamento Popular do Carazal espelha bem a realidade de desperdício de dinheiro público no país. A área de 21 hectares foi desapropriada em 2003, sem que o município dispendesse um centavo para o pagamento dos proprietários. Ocorre, no entanto, que o Executivo buscou recursos federais e ali aportou dinheiro na construção de ruas, meio-fios, postes e fiação elétrica. Hoje, tudo está tomado pelo mato e boa parte do material foi furtado.
Como se não bastasse, o empreendimento não possui licenciamento da Fepam e os lotes não foram individualizados, uma vez que o município precisa ter a propriedade da área, o que somente ocorrerá quando os proprietários receberem o pagamento.
Resumo da ópera: as centenas de famílias de baixa renda que se inscreveram para ter um dos 153 lotes do Carazal estão completando sete anos de sonhos.