Os sopradores de mão e a preocupação ambiental

"Me causa estranheza a pacífica aceitação da população para o uso de sopradores de mão para limpeza das ruas da cidade e de jardins particulares.Em uma época de tal preocupação com a economia de combustível e redução de poluentes, gostaria de saber qual o argumento da prefeitura e dos profissionais autônomos que utilizam estes sopradores para fazerem uso de um equipamento que emite CO2, produz poluição sonora e levanta uma grande nuvem de poeira que será inalada por quem passa nas ruas. Qual a razão para o uso destes equipamentos? Não há otimização do tempo de trabalho, não há melhorias na limpeza nem qualquer ganho que justifique tal iniciativa. E o que dizer das condições de trabalho de quem utiliza estas máquinas? Os trabalhadores não utilizam protetores auditivos ou qualquer tipo de EPI, e certamente o peso carregado diariamente resultará em problemas de coluna.Nem sempre as inovações tecnológicas trazem benefícios completos. Neste caso, a velha e boa vassoura ainda é a melhor solução. Gramado deveria servir de exemplo não só pelas inovações no campo turístico, mas também pela preocupação ambiental". (Daniela Szabluk)