Fernando Segovia é um uruguaio apaixonado por Gramado desde 1986, quando veio passar a lua-de-mel nas terras de Tristão de Oliveira. Desde então, costuma vir com a família duas vezes ao ano. Mas acaba de constatar que os serviços já não são mais os mesmos, à exceção da Estalagem Saint Hubertus, onde costuma se hospedar.
Em e-mail para o colunista, Segovia comenta o absurdo da cobrança de R$ 50 por uma lavagem externa de seu carro. E relata, com riqueza de detalhes, o constrangimento que passou em um conhecido restaurante local ao escolher o vinho para acompanhar a refeição. Depois de solicitar um Tannat uruguaio, recebeu a informação de que ele não estava disponível, apesar de constar na carta. Passou, então, para um Trapiche Malbec Roble. Veio um Trapiche Malbec, tampa de plástico, que não era o Roble. Estava estragado. Passou para um Gran Tarapacá Merlot, que também estava com uma acidez acima do normal. Foi quando surgiu o proprietário, enfurecido, dizendo que os dois vinhos estavam bons, que eram adstringentes, e que Segovia deveria pagar R$ 90 a mais pela segunda garrafa, além de ameaçar chamar a Polícia. A noite definitivamente havia sido perdida.
Detalhe: o uruguaio é engenheiro agronômo, com curso de Enologia, e fazia 12 anos que frequentava o restaurante pelo menos duas vezes ao ano. Sabem quando ele voltará àquela casa?