Não é só o contribuinte que precisa ficar atento à chamada reforma administrativa do Executivo, que aumentará secretarias e salários de secretários para quase R$ 11 mil. As armadilhas para os funcionários públicos reforçam a tese de "inchaço administrativo". De acordo com o projeto, não haverá mais desvio de função. Isso significa que na área de recolhimento lixo, por exemplo, faltará motoristas, o que ocasionará a contratação de novos profissionais, sobrando garis que, hoje, dirigem caminhões. Aí vem o mecanismo da demissão voluntária. "Só quem estiver apertado ou próximo da aposentadoria vai aderir", prevê uma fonte do funcionalismo público que conhece bem o projeto.
Resumo da ópera: o fim do desvio de função - que, teoricamente seria uma ação recomendável, vai acabar contribuindo para o aumento de despesas.