Ao levar o projeto gramadense para São Paulo, a Prefeitura e a comissão organizadora do Natal Luz estão abrindo caminho para que, nos próximos anos, outros espetáculos também sejam apresentados em Florianópolis, Curitiba, Rio, Belo Horizonte, Brasília e outros Estados. Só uma pergunta: quem levará os hotéis, restaurantes, lojas e demais serviços da nossa cidade para faturar lá também? Essa história de promover nosso grande evento num empreendimento de uma loja que mira no público C e D é balela.
Uma coisa é ir para São Paulo, promover um show e retornar, como fazem com o Carnaval do Rio de Janeiro ou a Oktoberfest de Blumenau. Outra, é levar o nosso maior espetáculo durante um mês para o maior polo gerador do turismo nacional e permitir que os paulistas assistam o Natal Luz sem sair de casa. A Prefeitura tem a obrigação de repensar muito bem essa primeira experiência, porque as manifestações que se tem ouvido não são de apoio. Ligar a TV e acreditar que o Natal Luz foi vendido para São Paulo é duro. Na década de 90, houve tentativa semelhante de promover exibições do Festival do Cinema de Gramado em Porto Alegre. A reação da comunidade foi contrária e o assunto morreu.